quarta-feira, outubro 17, 2012

PETER TOSH-Ordem do Mérito




































































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Peter Tosh é homenageado pelo governo jamaicano 25 anos após sua morte.
Fundador dos Wailers, ao lado de Bob Marley, foi assassinado por ladrões em 1987
em Kingston, Jamaica .Vinte e cinco anos após ser assassinado, o ícone do reggae Peter
Tosh recebeu uma homenagem do governo da Jamaica por suas contribuições para a cultura do país. A filha do músico e compositor, Niambe, professora em Boston, nos EUA, recebeu a “Ordem do Mérito” póstuma, terceira maior honraria do país ,em nome do pai.
Tosh foi um dos fundadores dos Wailers, formando o trio principal do grupo com Bob Marley e Bunny “Wailer” Livingston. Seu trabalho com a banda e álbuns solo como “Equal Rights” ajudaram a tornar o reggae um sucesso internacional. Tosh foi assassinado aos 42 anos em 1987, por ladrões que invadiram sua casa.
O sempre franco e desafiador Tosh era conhecido por denunciar o apartheid, a corrupção governamental e pedir a legalização da maconha. Colegas e fãs classificam o guitarrista e cantor esguio como um artista hipnotizante e carismático.
Tosh foi possivelmente a figura mais controversa do reggae. Durante o concerto One Love Peace, organizado pelo governo em 1978, ele acusou publicamente os líderes jamaicanos e a classe média de apoiar a brutalidade policial e as guerras entre gangues, num lendário discurso de 20 minutos. A mídia do país criticou duramente a fala de Tosh, diante de 200 jornalistas estrangeiros e o primeiro-ministro.
Por suas opiniões inflexíveis e pela insistência em fumar ganja em público, o músico rastafari apanhou da polícia em várias ocasiões, ganhando 32 pontos na cabeça, uma costela quebrada, um braço fraturado e uma perfuração no baço em algumas dessas altercações, de acordo com seu ex-empresário Herbie Miller.
Para Miller, que também é curador do Museu da Música da Jamaica, a homenagem demorou para ser feita. Há anos ele defendia entre políticos jamaicanos que o valor de Tosh fosse reconhecido.
“Quando você defende a verdade, os direitos e ataca o sistema, o reconhecimento do governo demora a aparecer”, disse.
Roger Steffens, um conhecido historiador do reggae que entrevistou Tosh em várias ocasiões, lembra que para o músico prêmios da “Babilônia” , termo utilizado pelos Rastafaris para definir o mundo ocidental e as realidades inadequadas da vida ,não faziam sentido.
Como Marley, Tosh “acreditava que ‘a Babilônia não dá frutos’ e prêmios dos opressores não tinham valor. Se os útlimos 25 anos teriam amaciado (ele) ou o tornado ainda mais militante, é difícil prever”, avalia Steffens, que descrevia Tosh como o “Malcom X do reggae”.
Mas para a família de Tosh, a cerimônia desta segunda-feira foi uma grande acontecimento. Andrew Tosh, veterano músico que tinha 20 anos quando o pai foi morto, disse que o prêmio ajudará a manter vivo o legado cultural da lenda do reggae.
Com os Wailers, Tosh compôs o hino “Get Up, Stand Up”, além de “400 Years”, uma canção mordaz sobre a escravidão.
Após deixar o grupo em 1973, quando o álbum dos Wailers “Catch a Fire” alcançava sucesso global, Tosh formou sua própria banda, Word, Sound and Power, com músicos como Sly Dunbar,Robbie Shakespeare,Robbie Lyn,Donald Kinsey,Mikey ´Mao ´ Chung e Keith Sterling,e escreveu mais músicas de conteúdo político. “Mama Africa” denunciava o apartheid,regime de segregação racial da África do Sul..
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http://oglobo.globo.com/cultura/peter-tosh-homenageado-pelo-governo-jamaicano-25-anos-apos-sua-morte-6413984

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