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O mundo da música perdeu em 2021 mais uma figura imponente com o falecimento do reggae Lee "Scratch" Perry, aos 85 anos. Apelidado de "The Upsetter" (O Desordeiro) por sua propensão a causar comoção, Perry será lembrado por ajudar a criar o som original, efervescente e efusivo do início do reggae no final dos anos 1960 e, mais importante, como um produtor idiossincrático, inovador e visionário para nomes como Bob Marley, The Heptones, Junior Murvin e The Congos. Trabalhando entre 1975 e 1979 em seu próprio estúdio, o Black Ark Studio, construído em seu quintal, Perry não apenas revolucionou o som da música jamaicana, mas também criou um modelo sonoro que influenciaria gerações de músicos em todo o mundo. É impressionante ouvir os sons psicodélicos que ele criou no Black Ark em um humilde gravador de quatro canais. Segundo Perry, "eram apenas quatro faixas gravadas na máquina, mas eu estava pegando vinte da equipe extraterrestre. Eu sou o pastor do dub". Dub refere-se ao reggae predominantemente instrumental que foi remixado por meio de reverb, samples, distorção e outras ferramentas criativas do ramo. Perry estava entre os poucos produtores de dub mais criativos, tendo sido pioneiro em uma forma de arte que hoje é um pilar sonoro da música eletrônica. Os moradores de Austin tiveram a sorte de Perry ter tocado aqui inúmeras vezes ao longo de mais de duas décadas, graças à proprietária do Flamingo Cantina, Angela Tharp. Ela se lembra com carinho dos tempos em que esteve com ele: As pessoas sempre acham que o Scratch é louco, mas ele sabia exatamente o que estava fazendo. Ele tinha uma admiração infantil pelo mundo, sempre aprendendo, criando, e seu senso de humor era incomparável. Ele amava seus fãs, sua música, seus amigos e sua família. Que outro senhor de 85 anos você conhece que está constantemente criando música, ideias e arte? É como se eu tivesse perdido meu padrinho mágico. A vida não seria tão brilhante sem o Scratch, mas fui abençoado e agradeço pelo tempo que passei com ele nesta Terra. Jah agora tem um novo anjo para manter o céu dublado e mágico... Seis álbuns essenciais produzidos por LEE ''SCRATCH'' PERRY- Lee “Scratch” Perry – “Arkology” (1997) Embora houve inúmeros álbuns de Perry sob seu próprio nome , este box de 3 CDs contém uma coleção excelente e variada de seu auge no Black Ark, com algumas de suas faixas mais inspiradas, além de takes alternativos, remixes estendidos e excentricidades de Max Romeo, Heptones e outros.Lee Perry — “I Am The Upsetter” (2005)- Este box com 4 CDs mergulha fundo na obra seminal de Perry de 1968 a 1978. Não traz os "sucessos" de Arkology, mas sim um tesouro de algumas preciosidades brilhantes, embora menos conhecidas, dos anos de formação de Perry com sua banda The Upsetters. Satisfação garantida para os fãs mais dedicados .The Congos — “Heart Of The Congos” (1977)- Muitos fãs sérios consideram este o melhor álbum de reggae de todos os tempos. O ápice do fértil período Black Ark de Perry, tudo se une aqui — as músicas, as harmonias, os riffs roots pesados e, claro, a magia característica de Perry. Bob Marley And The Wailers – “Soul Rebel”s e Soul Revolution (1970-71). Dois álbuns, na verdade, que reúnem a maioria das músicas simplificadas, produzidas por Perry, que deram aos Wailers um público internacional. Marley regravaria muitas dessas músicas em seus álbuns subsequentes pela Island. Junior Murvin – “Police And Thieves” (1977). Outra obra-prima do Black Ark Studio com temas políticos que refletem a época. Destaque para o falsete cativante de Junior Murvin e a produção profunda e pesada de Perry. A faixa-título, regravada pelo The Clash, tornou-se um clássico do reggae. Jah Lion – “Columbia Colly” (1976) Uma das pepitas mais obscuras e brilhantes produzidas por Perry no Black Ark Studio. Apropriadamente intitulado, esta excursão sonora de Pat Francis aka Jah Lion é carregada de dub com grooves profundos e etéreos. Uma paisagem sonora ideal para louvar a Jah. ...
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https://kutx.org/words-on-music/remembering/six-essential-albums-produced-by-lee-scratch-perry/
