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By Ferramentas Blog

quinta-feira, fevereiro 06, 2025

BOB MARLEY-80 ANOS

 













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Esta quinta-feira,6 de fevereiro de 2025, o cantor e compositor Bob Marley ,jamaicano que se tornou uma das maiores lendas da história da música reggae,completaria 80 anos de idade. As comemorações se iniciam a própria quinta, com a transmissão ao vivo (pelo canal Tuff Gong TV do YouTube) do concerto tributo “Uprising”, diretamente dos Tuff Gong Studios, em Kingston, na Jamaica. Uma série de artistas populares e novos do país, como Mortimer, Bugle, Kumar Fyah, Naomi Cowan, Quan Dajai, Kelly Shane e Alexx A-Game, homenageiam aquele que cuidou de espalhar o reggae pelo mundo, ainda nos anos 1970.  Outras celebrações na quinta incluem a transmissão do episódio de estreia da série “Bob Marley and I”, com o diretor de cinema, DJ e músico britânico Don Letts, contando detalhes da experiência que mudou sua vida: assistir a Bob Marley And The Wailers no Lyceum Theatre, em Londres, em 1975.   E também no canal, ao meio-dia de Brasília, a Bob and Rita Marley Foundation vai produzir uma cantoria mundial, na Co-op Live Arena, em Manchester, Inglaterra. Lá, o coral Young Voices, com 8 mil integrantes, se junta a milhares de outras vozes ao redor do mundo para interpretar o medley “Marley Magic”, seleção dos maiores sucessos de Bob Marley, incluindo “One Love”, “Jamming” e “Three Little Birds”.' Objeto, no ano passado, de uma cinebiografia hollywoodiana (e controversa), “One love”, Marley faleceu em 1981, aos 36 anos, de um câncer no pé que ele não tratou e se espalhou pelo corpo. Lançada em 1984, a coletânea “Legend” deu o primeiro sinal de que ele não seria esquecido (ao contrário, até, ficaria ainda mais famoso): é hoje o 14º álbum mais vendido de todos os tempos e a terceira coletânea de greatest hits mais vendida na história dos Estados Unidos.  Segunda celebridade póstuma com o segundo maior número de seguidores nas mídias sociais, Bob Marley está, de fato, mais vivo do que nunca. E aqui vão 10 exemplos daquilo que ele fez e que dizem muito sobre o mundo de hoje, mesmo quase 44 anos após a sua partida do plano material.  O conciliador- Os tempos atuais são de polarização política? Bob Marley seria uma boa solução: com o seu prestígio de artista (e pacifista), ele conseguiu juntar os rivais políticos Michael Manley e Edward Seaga no palco do seu ''One Love Peace Concert'', em 1978. O gesto simbólico tinha como objetivo pedir uma trégua e mostrar união entre os dois partidos, evitando derramamento de sangue em batalhas de facções no país.  A força do pop do Terceiro Mundo. Se hoje nomes como o do porto-riquenho Bad Bunny dominam as paradas de música do mundo com o reggaeton, eles têm que agradecer a Bob Marley. Antes de o jamaicano ir para a Inglaterra e criar uma versão do reggae com apelo suficiente para conquistar mercados de música fora de seu país, nenhum outro artista do Terceiro Mundo havia conseguido emplacar um estilo inteiro como uma sensação pop duradoura (e influente em larga escala). O termo “world music”, aliás, foi criado depois de Marley, muito para abarcar essas potências sonoras que os EUA e a Europa não conseguiram domar.  O divulgador da cultura da Cannabis na Capa do disco "Catch a Fire", de Bob Marley and The Wailers —  Antigamente, a erva do diabo, uma calamidade pública que destruía as famílias pelo vício. Hoje, matéria prima de medicamentos importantes. A mudança de mentalidade do mundo em relação à Cannabis Sativa, a popular maconha, vem na esteira de um trabalho que foi feito ao longo dos anos por muitas figuras públicas – principalmente Bob Marley e Peter Tosh, que nunca esconderam (e, ao contrário, propagaram) o uso ritualístico que fazia da planta e a inspiração que ela trazia para a sua criação.  O coach involuntário- Até mesmo a revista “Forbes” teve que reconhecer no ano passado: O legado de Bob Marley continua a inspirar líderes a promover paz, união e ação para enfrentar os desafios globais. A publicação elogiou sua autenticidade (“ele permaneceu fiel às suas raízes e usou sua plataforma para defender a paz, o amor e a união”), sua resiliência (“apesar de enfrentar vários desafios, incluindo pobreza e violência política, Bob Marley nunca vacilou”), sua influência (“ele se tornou um símbolo de resistência e empoderamento para comunidades marginalizadas no mundo todo”), sua empatia e sua compaixão.   A prova de que religião e música pop podem conviver As questões que o gospel levanta hoje no Brasil, do quanto se pode ser pop e atingir outros públicos sem afetar a legitimidade do seu louvor, nunca foram questões para Bob Marley. Ele alguém para quem música e fé eram indissociáveis, e quem quisesse chegar era bem-vindo. Tanto que, além do reggae, ele também levou para o mundo os princípios do Rastafarismo, sem que isso soasse como pregação.  O pai original dos nepobabies YG Marley, neto de Bob Marley, e Ghabi — Outra questão contemporânea que talvez não incomodasse Bob Marley é a dos ''nepobabies''. Pai de 11 filhos e imbuído da missão de levar o reggae para o mundo, ele bem teria se orgulhado do que alguns de seus rebentos fizeram pela música: seja Ziggy, o mais famoso, sejam Damien, Stephen ou Julian. E mais recentemente, o neto YG Marley , filho do ex-jogador de futebol Rohan com a cantora Lauryn Hill.  O símbolo eterno do reggae. O estilo que Bob Marley aperfeiçoou e ajudou a espalhar pelo mundo (com artistas no Brasil, Noruega, Japão e onde mais se possa pensar) sofreu mutações antes e após sua morte (dub, dancehall, raggamuffin, reggeaton), mesclou-se ao pop e se manteve firme no cenário, lá se vai mais de meio século desde a sua explosão. Mas segundo levantamento nos Estados Unidos, hoje cerca de um quarto de todo o reggae ouvido no país é composto por músicas de Marley. Mal comparando, o homem é um Elvis Presley que nunca viu Beatles pela frente. O feminista? -Pai de 11 filhos de sete mulheres diferentes, e não exatamente a imagem do homem desconstruído que alguns buscam ser hoje, Bob Marley no entanto é citado como inspiração para movimentos feministas por causa da canção “No woman no cry” – ele teria acertado em cheio ao fazer de uma mulher o personagem principal de uma canção que fala de resistência e busca por justiça num contexto de opressão contra os desvalidos e desprezados.  O ícone fashion - Os dreadlocks, adotados por razões religiosas. O gorrinho com o qual reunia os dreads no topo da cabeça. Os modelitos jeans, os trajes nas cores do Rastafarianismo (verde, amarelo e vermelho). Os shortinhos de futebol e os agasalhos esportivos da Adidas (antes que os rappers os popularizassem): muito do que Bob Marley vestiu (porque, afinal, ele era Bob Marley), e o mundo pop levou um certo tempo para digerir e adotar, hoje é um adorável lugar comum.  Teorias da conspiração- Antes mesmo de se tornarem a obsessão que são hoje, em todas as instâncias de poder e de mistério, elas já cercavam a morte de Bob Marley. Há desde quem acredite que o câncer possa ter sido inoculado nele por intermédio de um sapato preparado por seus inimigos políticos até o de que essa espécie de envenenamento tenha sido levada a cabo pela Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), preocupada com a influência do artista da política jamaicana.. O cantor, nascido em Nine Mile, um vilarejo no interior da Jamaica, teve uma carreira musical meteórica. Em 1962 gravou seu primeiro single “Judge Not” (Não julgue) e não parou mais. Quando vivo, foram 12 trabalhos lançados, entre lançamentos solos e com a banda The Wailers. Outros trabalhos foram lançados após sua morte, como o álbum Legend, o mais vendido de Bob, com 25 milhões de cópias, um recorde para o reggae.  Bob foi reconhecido não só musicalmente, mas também através do seu ativismo. Em 1978, em meio à uma guerra civil em seu país, Marley foi condecorado pela ONU com a "Medalha da Paz do Terceiro Mundo". No mesmo ano fez um show histórico na Jamaica, onde reuniu opositores políticos lado a lado. Em 2004, ficou em 11º na lista dos cem maiores artistas de todos os tempos, levantamento feito pela revista Rolling Stone.  O cantor visitou o Brasil em 1980, um ano antes de sua morte, quando se encontrou com cantores como Chico Buarque e Moraes Moreira...BOB MARLEY-80 ANOS Bob Marley: 80 anos de luta e amor do Rei do Reggae que inspira gerações Músicos contam como o astro jamaicano influenciou suas vidas e carreiras  06/02/2025 | 8:00 Felipe Uhr      Neste 6 de fevereiro se completam 80 anos do nascimento de Bob Marley Neste 6 de fevereiro se completam 80 anos do nascimento de Bob Marley | Foto: AFP  “Levante, resista: Lute pelos seus direitos! Levante, resista: Não desista da luta!” Os versos entoados por Bob Marley há mais de 50 anos continuam reverberando nas casas de Reggae, nos toca-discos e nas playlists de milhares de pessoas ao redor do mundo.  O cantor, nascido em Nine Mile, um vilarejo no interior da Jamaica, teve uma carreira musical meteórica. Em 1962 gravou seu primeiro single “Judge not” (Não julgue) e não parou mais. Quando vivo, foram 12 trabalhos lançados, entre lançamentos solos e com a banda The Wailers. Outros trabalhos foram lançados após sua morte, como o álbum Legend, o mais vendido de Bob, com 25 milhões de cópias, um recorde para o reggae.  Bob foi reconhecido não só musicalmente, mas também através do seu ativismo. Em 1978, em meio à uma guerra civil em seu país, Marley foi condecorado pela ONU com a "Medalha da Paz do Terceiro Mundo". No mesmo ano fez um show histórico na Jamaica, onde reuniu opositores políticos lado a lado. Em 2004, ficou em 11º na lista dos cem maiores artistas de todos os tempos, levantamento feito pela revista Rolling Stone.  O cantor visitou o Brasil em 1980, um ano antes de sua morte, quando se encontrou com cantores como Chico Buarque e Moraes Moreira.  O astro do reggae faleceu precocemente aos 36 anos, em maio de 1981, vítima de um câncer.  Inspiração e exemplo dentro e fora do palco Nesta quinta-feira, 6 de fevereiro, quando se celebra o aniversário de oito décadas de existência daquele que é considerado o “Pai do Reggae”, artistas da cena nacional e regional contam como Bob, “entrou em suas vidas” e ainda segue sendo inspiração e exemplo até os dias de hoje.  “O Bob Marley tem essa conexão com as gerações. Ele não é uma música passageira, um cometa. Ele é permanente, atravessou o tempo. E eu lá no inicio, quando comecei no Reggae, tinha ele como referência. Até hoje é difícil pensar o Reggae sem pensar Bob Marley”, destaca Paulo Dionísio, vocalista da banda Produto Nacional, umas das percussoras do Reggae no Rio Grande do Sul.  Dionísio ainda lembra com detalhes a primeira vez que ouviu Bob, ainda na adolescência, “Eu conheci o Bob na década de 70, já tinha meus 16, 17 anos. Quem me apresentou o primeiro vinil do Bob Marley foi o Neyzinho, um amigo do IAPI, que é um grande músico, sambista. Um dia ele me encontrou na rua com um monte de vinil embaixo do braço, puxou o álbum Kaya (1978) do Bob e disse: ‘tu tem que escutar isso aqui’. Eu fui para casa, escutei e estou até hoje escutando”, conta, emocionado, o músico.  Quem também começou a ouvir Bob ainda muito cedo foi Marcelo Mira, vocalista da Alma Djém durante um veraneio na praia de Cumbuco, no Ceará. “Eu tinha 15 anos. Quem me apresentou foi um grande amigo de infância. A gente ouvia Bob o dia inteiro. Aquele ritmo combinava com tudo que a gente estava vivendo, de praia, amizade, liberdade. Foi a nossa trilha sonora”, relembra o músico que, a partir dali, começou a pesquisar sobre o cantor jamaicano. “Me surpreendi com as mensagens bem profundas, que iam de encontro com o que eu imaginava ser o melhor para o mundo: justiça, igualdade racial e social, tendo o amor como principal combustível”, ressalta o cantor que lançou em 1997 o primeiro disco da Alma Djém “Um Grito de liberdade”, um mais “roots com mensagens muito próximas das coisas do Bob”, definiu.   Já o cantor Zeider Pires, do Planta e Raiz, trocou o rock pesado, que ouvia até os 13 anos pela suavidade e poesia de Marley e The Wailers, a banda que acompanhava o cantor jamaicano em seus shows. “Eu devia ter uns 13 anos. Eu ouvia muito rock e quando descobri o Bob pensei: tá, é isso, achei a minha música. Tanto pelo ritmo ou pela cadência, mas acho que principalmente pelas mensagens”, conta Pires, que encontrou em Bob o caminho que queria seguir. “Eu comecei ir atrás das traduções e entender que era isso que eu queria para minha vida: usar a música para influenciar as pessoas positivamente. Espalhar a mensagem de Deus e do amor. E foi isso: amor ao primeiro ouvido ao Reggae, ao Bob Marley, grande mestre. Sou o que sou pela influência direta dele. Até hoje eu ouço todas as músicas e todos os discos.”  Na mesma levada, o músico Adonai, da banda Cidade Verde Sounds, explica o que o Pai do Reggae significa para ele. “O Bob para nós é influência máxima. É quase um segundo pai. Muitas coisas que a gente leva para vida, para o dia-a-dia, moldaram nossa forma de pensar através das letras do Bob. Viver de forma mais positiva, mais conectado com a natureza e menos com os problemas da vida cotidiana”, conta o músico que também lembra o lado ativista do cantor. “Teve o lado militante, de lugar pelos nossos direitos, de não deixar se abater. Acho que o Bob deveria ser material de escola para as crianças. Todas as letras dele têm um ensinamento diferente, que todas a pessoas do mundo presariam ouvir”, encerra.  Não só pela poesia ou pelas músicas vibrantes. Bob também se tornou um mensageiro em busca da paz, seja com letras de amor ou com letras mais radicais. “A discriminação racial, o racismo, as questões políticas, as questões espirituais, as questões da matriz africana no sentido religioso. Tudo isso foi colocado nas músicas do Bob, tudo isso, o amor pelas pessoas, o coletivo, o amor como um todo. Ele falou muito sobre essas coisas e a tendência é do jeito que as coisas tão indo é que a gente vai esquecendo disso, esquecendo disso, e ainda bem que o Bob existe, porque isso vai ser escutado durante milhões de anos ainda”....


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https://oglobo.globo.com/cultura/noticia/2025/02/06/bob-marley-80-anos-dez-razoes-pelas-quais-o-pai-do-reggae-continua-bem-vivo-em-2025.ghtml

https://www.correiodopovo.com.br/arteagenda/bob-marley-80-anos-de-luta-e-amor-do-rei-do-reggae-que-inspira-gera%C3%A7%C3%B5es-1.1576215

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