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By Ferramentas Blog

sexta-feira, julho 08, 2022

AAD VAN DER HOEK




 










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KINGSTON, 7 de julho de 1998 (IPS) - Hoje em dia está na moda ser fã da chamada música jamaicana vintage. Os jovens jamaicanos pegaram a febre da mania renascentista que tomou a Europa de assalto nos últimos 10 anos e que mostra poucos sinais de abrandar.  Esse ressurgimento deve muito a Aad Van Der Hoek, um holandês que coleciona e pesquisa música jamaicana há mais de 20 anos. A coleção pessoal de Van Der Hoek remonta à década de 1950, quando a cena musical popular da Jamaica começou a tomar forma.  Van Der Hoek é o gerente de Artiste and Repertoire da Jamaican Gold, a subsidiária de reggae do Blaricum Music Group (BMG), com sede em Amsterdã, que construiu um recorde como distribuidores da chamada música jamaicana vintage na Europa.  O esguio holandês esteve recentemente na Jamaica procurando expandir o catálogo da Jamaican Gold, que atualmente contém 70 títulos.  Em sua última viagem à Jamaica, ele fechou acordos de distribuição com artistas pioneiros como o pianista Theopholus 'Snapping' Beckford, o cantor Max Romeo e o produtor Bunny Lee. Ir e voltar da Holanda tem sido um modo de vida para Van Der Hoek desde 1991, quando ele começou a trabalhar com o recém-formado Jamaican Gold como freelancer.  Desde então, Van Der Hoek supervisionou a transição para o CD de dezenas de títulos de ska, rocksteady e reggae, apresentando uma variedade de artistas, incluindo Clancy Eccles, Jimmy Cliff e Bob Marley.  De acordo com Van Der Hoek, o Jamaican Gold continua a crescer à medida que a demanda por reggae aumenta na Europa.  “Não é um mercado forte, mas é um bom mercado, um mercado lucrativo”, disse Van Der Hoek, folheando uma pilha de capas de CDs. “Esse tipo de música sempre venderá não em grande quantidade, mas de forma constante.”  A transformação da Europa em uma sociedade cosmopolita abriu as portas para discos jamaicanos de ouro que são mais apreciados pelos fãs na Holanda, Inglaterra, Alemanha, França, Espanha e Itália.  A terra natal de Van Der Hoek sempre teve um caso de amor com o reggae. A música do Deejay Dillinger, 'Cocaine In My Brain', foi um grande sucesso lá na década de 1970, enquanto o cover do cantor JC Lodge para o sucesso de Charlie Pride, 'Someone Loves You Honey', vendeu ouro lá.  Dada a afeição dos europeus pela música com um toque nostálgico, Van Der Hoek revelou que a tendência não deve mudar tão cedo.  “Primeiro de tudo, há os colecionadores e, em seguida, há a nova geração, como aqueles no revival do ska”, disse ele. “Houve um renascimento do interesse (na música jamaicana antiga) a cada 10 anos, mas agora é muito mais curto, como a cada cinco anos.”  Álbuns de Marley, Culture, Dennis Brown, Gregory Isaacs, Byron Lee and the Dragonaires e Mighty Sparrow são as ofertas mais populares do catálogo Jamaican Gold, vendendo aos “milhares” de acordo com Van Der Hoek.  O trabalho de Van Der Hoek é facilitado quando os artistas mantêm a propriedade de suas fitas master. Caso contrário, as músicas são remasterizadas digitalmente a partir de vinil ou fita na sede da BMG e, em seguida, colocadas em disco compacto.  Foi Lee quem apresentou Van Der Hoek ao BMG em 1991, quando eles estavam prestes a lançar o Jamaican Gold. Van Der Hoek havia visitado a Jamaica dois anos antes para fazer pesquisas sobre música jamaicana para uma revista holandesa e também para garantir negócios para o Dr. Buster Dynamite, seu selo independente.  Lee ficou tão impressionado com o conhecimento do holandês que o recomendou à BMG, com quem Van Der Hoek vem trabalhando desde então, assinando contratos com os artistas e escrevendo notas descritivas para álbuns.  Pode ser um trabalho meticuloso, mas Van Der Hoek se consola com o fato de que pesquisar as origens do reggae tem sido uma paixão desde que ele ouviu pela primeira vez 'My Boy Lollipop' de Millie Small e 'Israelites' de Desmond Dekker tocando na jukebox no pub de sua avó em Haia.  O amor de Van Der Hoek pelo ska o levou à Inglaterra em busca de discos de vinil com artistas de ska britânicos da década de 1970, mas diz que tudo mudou quando um distribuidor jamaicano em Brixton lhe deu cópias do estilo jamaicano do ska inicial.  “Ele me disse que eu deveria ouvi-los, que eram coisas reais”, lembra Van Der Hoek. Seu interesse pelo som jamaicano cresceu ainda mais quando descobriu grupos de rocksteady como os Heptones e a vibe rebelde de Marley.  Mas não importa de que época a música seja, destacou Van Der Hoek – o objetivo do Jamaican Gold é educar. "Estamos tentando educar as pessoas sobre a música jamaicana, esse é o nosso maior objetivo", disse ele.  Mais educação está nos planos graças ao novo acordo da Jamaican Gold com Lee, Beckford e Romeo. Van Der Hoek acha que tem material suficiente para 10 álbuns que, segundo seus cálculos, serão lançados dentro de um ano...

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http://www.ipsnews.net/1998/07/music-jamaica-back-to-the-glory-days/

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