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Patrice Émery Lumumba (Onalua, Congo Belga, 2 de Julho de 1925 – Katanga, 17 de Janeiro de 1961) foi um lider anti-colonial e o primeiro-ministro eleito em junho de 1960 na actual República Democrática do Congo depois de ter participado da conquista da independência do Congo Belga em relação à Bélgica. No mesmo ano de sua morte, o governo da União Soviética nomeou a importante Universidade Russa da Amizade dos Povos com o nome de Lumumba. Passadas apenas dez semanas da sua eleição, foi deposto juntamente com o seu governo num golpe de estado, aprisionado e assassinado em janeiro de 1961, em circunstâncias que indicaram provável cumplicidade e apoio dos governos da Bélgica e dos Estados Unidos.
Na sua ascensão política, ele começa como vendedor de cervejas na capital do País antes de chegar ao ministério onde se transforma no Primeiro-ministro do Congo independente.
Lumumba, retrata-se assim, o percurso daquele que em poucos meses, tornou-se um carismático líder nacionalista e símbolo da luta anticolonial contra a administração colonial belga. Tanto a sua ascensão quanto a sua fulgurante queda (enquanto líder), estão intrinsecamente ligadas. Com efeito, o filme mostra como Lumumba subestimou o contexto internacional da época, a covardia e a corrupção de alguns dos seus aliados na luta pela independência.
Da mesma forma, o líder parece ter relegado para o segundo plano a hipocrisia dos belgas no processo de transição à independência, assim como o peso politico-estratégico dos Estados Unidos da América.
Dois meses após a sua tomada de posse, enquanto Primeiro-ministro, Patríce Lumumba é interpelado e levado à prisão onde aguarda, (em condições nojentas e indigna), a sua morte. Na sequência do rude golpe orquestrado com o apoio de Mobuto (personagem representada por Alex Descas), o realizador mostra o lado macabro do assassinato de Lumumba através da desmutilação do seu cadáver assim como da sua decomposição com ácido sulfúrico.
Lumumba é um filme que relembra alguns factos históricos do contexto pós-independência na África subsaariana, contribuindo de certa forma para desenvolver uma consciência política no seio dos mais jovens através da reflexão.Nascido em plena dominação belga, no dia 2 de julho de 1925, em Onalua, Patrice Lumumba estudou na infância em escolas religiosas católicas e protestantes, única maneira até então de se ter acesso à educação escolar. Suas primeiras experiências políticas viriam anos mais tarde, como trabalhador dos Correios, participando ativamente do Sindicato Independente dos Trabalhadores. Isso lhe valeu a primeira detenção pelas autoridades belgas, onde permaneceu encarcerado por dois anos. Dentro da prisão, teve seu primeiro contato com movimentos pela independência que culminariam na formação do Movimento Nacional Congolês (MNC) em 1958, primeiro partido político nacional pela independência, que dois anos mais tarde levaria seu líder fundador ao poder. O MNC era a expressão de um nacionalismo burguês africano, ou seja, das tendências incipientes à formação de uma burguesia nacional, que buscava se emancipar do domínio colonial, mas que se mostraria incapaz de fazê-lo. O MNC agrupava os setores da burguesia e da pequena burguesia mais progressistas do Congo e procurou fazer uma campanha pela superação das disputas regionais e separatistas para unificar e fortalecer o país contra o imperialismo. Além de Lumumba, muitos de seus partidários foram perseguidos e mortos pelo governo colonial. Mobilizando o povo para forçar a Bélgica a garantir a independência do Congo, o MNC tentou impulsionar uma transição social e política pela via institucional e pacífica, portanto não organizaram nenhuma força armada para combater as tropas coloniais. Este fato demonstrava claramente as limitações do nacionalismo para levar adiante a revolução pela independência nacional e a sua política de progredir através da colaboração com o regime colonial e o imperialismo belga ..
Ascendido como principal líder nacional, grandes mobilizações revolucionárias de massas em todo o país obrigaram o imperialismo belga a acelerar o processo de independência do Congo. Tirado da prisão, Lumumba foi levado ao poder após a realização de eleições para a escolha do novo governo. O MNC obteve a maioria dos votos e no dia 23 de junho forma-se o primeiro governo nacional com Joseph Kasavubu como presidente e Patrice Lumumba como primeiro-ministro. Este governo era uma espécie de governo de frente-popular, voltado para um acordo com o imperialismo e a contenção da mobilização das massas, ainda que fosse uma versão mais radical das frentes populares constituídas nos países imperialistas. Desde o primeiro momento em que Lumumba assumira o poder, o imperialismo belga e norte-americano se esforçava para explorar as fraquezas do nacionalismo burguês, e derrubar o governo eleito para impor uma derrota às tendências revolucionarias das massas. Os capitalistas belgas, vendo seu futuro ameaçado, promoveram uma rebelião de alguns setores do exército liderados por Moise Thombe que resultaria na proclamação da independência da província de Katanga, a região mais rica em diamantes do país. A Bélgica envia tropas a Katanga com a desculpa de proteger seus cidadãos, mas foram enviadas, na realidade, para consolidar o movimento secessionista. Diante desta situação, o novo governo congolês pediu a presença de tropas das Nações Unidas para restabelecer a ordem. Estas se recusam a enfrentar os soldados belgas, então Lumumba solicitou ajuda da União Soviética. Ao mesmo tempo tenta também reunir os principais líderes africanos em Kinshasa contra o movimento golpista, mas, ao invés disso, Lumumba é destituído do governo pelo presidente Kasavubu no dia 5 de setembro de 1960. Em 14 de setembro de 1960, o coronel Mobutu Joseph Désiré, ex-sargento da polícia colonial e então coronel do exército durante o governo Lumumba, usado pelo imperialismo norte-americano, toma o controle do Estado e inicia uma onda de terror contra as organizações políticas. Lumumba toma um avião até Kisangani, sua cidade natal, onde possuía mais apoio, mas ao chegar é preso pelos militares. Estava decretada sua sentença de morte. Depois de ter sido levado a Leopoldville, partiu para Katanga, onde os separatistas apoiados pelos EUA, pela ONU e pela Bélgica o torturaram e assassinaram , aos 35 anos, no dia 18 de janeiro de 1961..
Artistas do reggae igualmente prestaram tributo á Lumumba..
Bunny Wailer,na canção ´´Rastaman ´´,do álbum Black Heart Man,diz..´´Them kill Limumba for his own-a-rights,But them can't kill the Rasta Man at all, 'tall, 'tall.
Them can't kill the Rasta Man at all´´.....
Outros artistas do reggae escreveram músicas sobre Lumumba,como Lumumba (The Overnight Players - Babylon Destruction) e Lumumba (Rico - Man From Wareika)..
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http://pro-africa.org/iografia-politica-de-patrice-lumumba/
http://www.pco.org.r/conoticias/ler_materia.php?mat=12123
pt.wikipedia.org/wiki/Patrice_Lumumba
Patrice Lumumba | |
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Patrice Lumumba | |
1st Prime Minister of the Democratic Republic of the Congo | |
In office 24 June 1960 – 14 September 1960 |
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Deputy | Antoine Gizenga |
Preceded by | Colonial government |
Succeeded by | Joseph Ileo |
Personal details | |
Born | Patrice Émery Lumumba 2 July 1925 Onalua, Katakokombe, Belgian Congo |
Died | 17 January 1961 (aged 35) Elisabethville, State of Katanga |
Political party | MNC |
Spouse(s) | Pauline Lumumba |
Children | François Lumumba Patrice Lumumba, Jr. Julienne Lumumba Roland Lumumba Guy-Patrice Lumumba |
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