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By Ferramentas Blog

sábado, dezembro 17, 2011

A GANJA e OS RASTAS

























































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Um dos primeiros aspectos que que vem à mente quando as pessoas falam sobre Rastafari é que eles fumam a ganja (Cannabis Sativa,Cannabis Indica). Ganja ou marijuana, cannabis,kaya,kalli,sensemilla,lambsbread,weed of wisdom, é uma erva medicinal milenar usada pelos Rastas, não para diversão ou prazer, mas sim para limpeza e purificação em rituais controlados.Um cálculo aproximado atribui á Jamaica o maior consumo de cannabis de todos países ocidentais e talvez mesmo de todo o mundo.Cada cidade e aldeia jamaicana possui os seus ´´herbsman´´ ou ´´bushmen´´,pequenos agricultores que cultivam juntamente com outras colheitas,entre duzentos e quatrocentos pés de ganja,que rendem cerca de um quilo por planta. Estudos particulares e governamentais revelam que 60% ou 70 % da população fuma,bebe,come ou consome a ganja de qualquer maneira.O chá de ganja é preparado em toda a ilha e é o principal remédio popular,sendo receitada para casos de glaucoma,asma,reumatismo,tuberculose,insônia e principalmente impotência masculina.Entre os Rastas,para quem ela é um elemento religioso importante,o seu consumo é ritual,mas alguns Rastas escolhem não a usar.Porém grande parte dos grandes artistas do reggae usaram ou usam a ganja e defendem seu uso,citando por exemplo Bob Marley,Peter Tosh,Bunny Wailer,Culture,U-Roy,I-Roy,Gregory Isaacs e Dennis Brown. Muitos sustentam o seu uso através de Génesis 1:29: ´´E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento´´(nesse caso,do espírito).Fumar ganja para um Rasta é uma experiência especial. Eles usam a erva para a iluminação da mente para que eles possam corretamente argumentar sobre as coisas do mundo.O Rasta chama este ritual de secção de arrazoamento, onde eles fumam a ganja em spliffs (cigarros) ou chalices (grandes cachimbos de água,espécie de narguilé feito artesanalmente de côco e chifre de cabra) para os rituais de Nyabinghi. A Cannabis é sempre usada de maneira cerimonial. Antes de fumar a erva sagrada o Rasta fará uma prece para Jah Rastafari ou Haile Selassie I. Uma secção de Nya é muito diferente do jeito casual que o ocidental fuma a erva. O ocidental fuma para puro entretenimento,os rastas por sacramento,por causa da religião. Sempre um Rasta rezará para Jah antes de fumar a Planta Ritual.
Usualmente o ato de fumá-la (em cigarros ou chalices) é que vem precedido e acompanhado por orações e evocações das palavras “Jah, Rastafari, Selassie I” repetidas por todos os fiéis, conferindo assim um caráter sacramental ao ato...
Desafortunadamente para o Rasta, fumar a ganja se tornou um de seus piores problemas.
Isto é pelo fato de que fumar a erva é proibido em praticamente o mundo todo, com exceção de alguns países. Por toda a Terra existe Rastafaris constantemente nos tribunais lutando pela descriminalização da Planta Sagrada para uso Religioso.
Em todos os casos em que um Rasta foi aos tribunais para lutar pelo uso religioso eles perderam. Os países que os Rasta já tentaram lutar pelo uso religioso da Ganja são: Inglaterra, Estados Unidos, África do Sul, Jamaica, entre muitos. Muitos Rastas ao redor do mundo acabaram na cadeia por fumar a Planta Sagrada.
O uso Rasta da Maconha vem do início do Rastararismo ou Garveysmo na Jamaica. Em 1941 um dos primeiros pregadores do Rastafari, Leonard P. Howell, assentou uma comunidade de 1600 Rastas. Esta Comunidade foi chamada Pinnacle. Em Pinnacle, Howell plantou a Cannabis como agricultura sustentável. Foi neste momento que os Rastas descobriram as propriedades da Ganja, como os Jamaicanos chamam a planta. Usaram-na como alimento, remédio, vestimento e que era um canalizador no processo de Arrazoamento. Os Rastas, que sempre foram tenazes leitores das Escrituras Sagradas foram fundo na Bíblia e encontraram muitas referências de uso da Planta Sagrada.
Desta maneira a “Ganja” foi incorporada na Cultura Rastafari, que incluem o uso sacramentado da erva.Uma das frases mais usadas pelos rastafaris para designar a cannabis é chamá-la de “a cura das nações” . Se o rastafarianismo é essencialmente um movimento religioso de protesto - desde sua origem com Marcus Garvey, que rejeitou a dominação branca - fumar a ganja é também protestar e rejeitar as leis de uma hegemonia colonialista, que proíbe legalmente o uso da cannabis. Esta é também uma marca simbólica de sua identidade.
A forma herbácea da marijuana consiste de flores femininas maturas e nas folhas que subtendem das plantas pistiladas (femininas). A forma resinosa, conhecida como haxixe,consiste fundamentalmente de tricomas glandulares coletados do mesmo material vegetal.
As folhas são finamente recortadas em segmentos lineares; as flores, unissexuais e inconspícuas, têm pêlos granulosos que, nas femininas, segregam uma resina; o caule possui fibras industrialmente importantes, conhecidas como cânhamo; e a resina tem propriedades psicoativas bem documentadas podendo atuar como analgésico, anódino, antiemético, antiespasmódico, calmante do sistema nervoso, embriagador, estomático, narcótico, sedativo, tônico. .
O principal composto químico psicoativo presente na cânabis é o Δ9-tetrahidrocanabinol (delta-9-tetrahidrocanabinol), comumente conhecido como THC ,cuja concentração média é de até 8%, mas algumas variedades da erva (cruzamentos entre a espécie Cannabis sativa e a Cannabis indica) comumente conhecidas como skunk produzem recordes na marca de 33% de THC..
Os adeptos do rastafarianismo militam contra um modelo de vida ocidental e utilizam a ganja como bandeira místico-religiosa e política. Os rastas também correlacionam o consumo da cannabis com outros aspectos da vida social rastafari.
Em um nível operacional, da forma como é usada, a cannabis coloca os rastafaris de uma mesma comunidade unidos em torno da ganja, para discutirem seus problemas em comum e procurarem as melhores soluções. A natureza altamente ritualizada da ganja comumente ajuda os rastafaris a afirmarem os aspectos positivos do que é “ser um rasta”, especialmente quando eles afirmam estar vivendo em um sistema político injusto e perseguidor. Neste caso, a ganja adquire um valor simbólico de grande peso, torna-se um elo de sociabilidade e um signo da identidade do grupo em contraposição ao “sistema Babilônico”.
O fato de uma dada coletividade utilizar um psicoativo, neste caso a cannabis, atribuindo um determinado sentido contextual e um valor cultural para seu uso, elimina a classificação do grupo como portador de comportamento desviante, considerando os valores do próprio grupo. O estudo etnográfico dos rastafaris nos revela que entre eles, o consumo dessa substância é uma das normas sociais vigentes e está longe de ser um fator patológico. Engloba todas as atividades sociais e é condição sui generis para sua perpetuação“Ganja é um sacramento espiritual que eleva a alma para Rastafari-I, para que possamos ver a Verdade que o altíssimo nos revela o tempo todo...Para concluir, nem todos que usam essa planta são rastafaris, como se sabe alguns usam sem propósito ou com má intenção. Igualmente, nem todos os rastas usam a ganja. Mas eu concordo que esse é um critério para conhecer um rasta. Para ser rasta não precisa usar, mas todos os rastas apreciam seu uso”.....
A ganja é fartamente usada pelos maiores artistas do reggae,tanto em suas composições,servindo de inspiração para as letras ou a composição das capas e contra-capas dos discos,chegando a causar alguma polêmica..
Tornaram-se célebres por exemplo as a contracapa do disco ´´Kaya´´ de Bob Marley,as capas dos Lps de Peter Tosh ´´Legalize It´´,Culture ´´International Herb´´,U-Roy ´´Dread in a Babylon´´,Gregory Isaacs ´´Willow Tree´´ e muitas outras..

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