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A cidade de Knysna, onde ficaram concentradas as seleções da Dinamarca e França na copa da África do Sul em 2010, não é só conhecida pelo clima de tranquilidade, restaurantes especializados em frutos de mar e belas praias. O local também é famoso por abrigar a maior comunidade rastafari da África do Sul.
Fundada em 1993 na periferia de Knysna, a Judah Square Rastafarian Community conta com cerca de 30 famílias que seguem a risca os preceitos e ensinamentos do movimento surgido na Jamaica, e que ficou famoso no mundo graças ao reggae e, especialmente a Bob Marley.
Dowie, Winston e Maxi são três dos sete fundadores da comunidade, que no começo, teve que lutar contra o preconceito de moradores da região. "Mas, com o tempo, mostramos que o amor é mais forte", conta Dowie.
Dowie revela que uma das grandes lutas da comunidade é levar a ideia de uma África para os africanos.
E como a Jamaica não foi nesta Copa, os membros da Judah Square não escondiam que torceram pela África do Sul no Mundial. Mas o Brasil também fez o coração dos locais balançar.Mas assim como Bob Marley, que era um entusiasta do futebol (fotos dele com uma camisa da seleção brasileira estão espalhadas em quase todas as casas), a comunidade também adora o esporte bretão. Prova disso é que duas equipes criadas por moradores locais disputam ligas amadoras da África do Sul. E ambas com nomes ligados ao reggae: Roots F.C. e Rebels.
Temos jogadores de toda Knysna em toda a região e estamos treinando para o Oyster Cup (Copa das Ostras) em julho. E, sim, um dos times foi batizado por causa de uma música do Bob Marley (“Soul Rebel”) – contou Dowie.
Considerada uma espécie de líder da comunidade, Mama B mostra orgulhosa duas fotos: uma de Bob Marley com a camisa do Brasil e uma da neta do cantor (Danisha) durante uma visita a comunidade em 2005.
Fiéis seguidores do rastafarismo, os moradores da Judah Square seguem a risca os ensinamentos da religião que proclama Haile Selassie I, imperador da Etiópia entre 1930 e 1974, como a representação terrena de Jah (Deus). Quase todos são vegetarianos, não bebem e não fumam tabaco. Por outro lado, a ganja sagrada é totalmente liberada.
Mas não a usamos por diversão ou prazer, apenas para nossa purificação espiritual – observou Dowie, ressaltando que defende a descriminalização da erva.
A ganja que faz parte da cultura rastafari, é lembrada em uma das várias pinturas nas ruas da comunidade.
Dezenas de outras ervas medicinais são utilizadas para os mais diferentes fins. De dores de cabeça até problemas com o aparelho urinário.
A comunidade conta com uma creche que cuida de 40 crianças,na creche, as crianças se divertem e aprendem os preceitos da cultura rastafari.
Com o nome de Niyabinghi Order, em homenagem a uma ex-rainha da Uganda, o tabérnaculo da comunidade recebe os cultos rastafaris..Interior do tabernáculo conta com várias imagens de Haile Selassie I..
Segundo os membros da comunidade, o tambor, cujo nome é "Thunder" (Trovão, em português), é a arma de destruição em massa do local. "Não temos armas de verdade aqui", conta um morador..
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fonte:
http://globoesporte.globo.com/
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